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A Psicoterapia não termina quando a criança sai do Consultório.

A Psicoterapia não termina quando a criança sai do Consultório.

Ao atender uma criança com TEA, ou qualquer outro paciente, a psicoterapia não termina automaticamente quando se encerra a sessão formal no consultório.

O que quero dizer com isso? Quero dizer que o paciente e seus responsáveis são agentes determinantes para eficácia e continuidade do tratamento. A inclusão dos responsáveis no tratamento é sinônimo de uma aliança terapêutica e de segurança para a criança, pois todos os seus polos de vínculo construíram uma rede de apoio para o seu melhor desempenho e alcance de resultados.

Agora surge o questionamento: Como fazer isso? O primeiro passo é fortalecer o vínculo entre “pais-filho(a)”, encontrando pontos em comum entre ambos, ressaltando o afeto existente naquela relação e expondo para a criança o quando os pais querem ser participativos nas atividades terapêuticas que lhe trarão benefícios, ou seja, cada uma dessas pontuações irá mostrar para a criança o lugar que ela tem na vida daquele adulto essencial.

Muitos familiares pacientes com TEA, optam pelo tratamento através do método ABA, e um tratamento através de um método específico, não impede a inclusão dos responsáveis e a continuidade do tratamento em casa ou qualquer ambiente externo ao consultório.
E de maneira prática como isso ocorre? Ao analisar o comportamento do paciente, baseamos a ação nas condutadas que estão em defícits ou excessos e este é foco do trabalho (e isso vai se alterando no progresso do tratamento), o profissional responsável pelo caso, irá adaptar para aquele círculo familiar, atividades determinadas que deem continuidade ao trabalho realizado no consultório, essas atividades podem ser desde brincadeira, histórias infantis, até mesmo tabelas a serem preenchidas de forma conjunta, jogos que expõem e colocam em questão os comportamentos que estão sendo trabalhados. Havendo assim, sempre um apoio do terapeuta as atividades realizadas no contexto externo ao consultório.
No final, acho que surge um último questionamento: Qual o benefício de incluir os pais/ responsáveis neste tratamento continuado? Os benefícios são múltiplos, mas para ser sucinta, o fortalecimento do vínculo afetivo e de confiança, o saber como manejar situações cotidianas em que será necessário que os próprios pais pensem em formas de desenvolver os déficits habituais e também diminuir tais excessos, visto que muitas situações não serão acompanhadas diretamente pelo psicólogo que acompanha o caso, apenas descritas para o mesmo.

Curitiba, 22 de abril de 2019

Psicóloga Anna Eduarda Gonçalves Cruz.

CRP 08/20064

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