Atualmente, a psicologia do esporte é uma das áreas em crescimento no Brasil, reconhecida como área de atuação pelo Conselho Federal de Psicologia. O objetivo dessa disciplina é o estudo da interrelação entre os fatores psicológicos e o desempenho físico. Ou seja, se trata de uma via de mão dupla: a prática de atividades físicas afeta a nossa saúde mental e nosso desenvolvimento emocional e cognitivo, assim como os aspectos psicológicos afetam a prática esportiva.
A dança é uma atividade complexa: é, ao mesmo tempo, um exercício físico, uma arte, um hobbie, uma prática cultural… E, para aqueles que gostam, dançar é uma delícia!
A dança possui uma série de benefícios psicológicos, além dos benefícios físicos. Alguns deles são:
– cognitivos: habilidades como coordenação motora, musicalidade, consciência corporal, criatividade, memória e atenção são desenvolvidas com a prática regular de dança.
– emocionais: a liberação de endorfina que uma atividade física proporciona uma sensação de bem estar, o que pode contribuir para o alívio de sintomas ansiosos e depressivos, assim como no manejo do estresse. A longo prazo, a dança pode contribuir para o aumento da autoestima e do auto cuidado.
– sociais: durante a prática da dança, é muito provável que o seu círculo social aumente, e que possam surgir novas amizades. Além disso, como muitas danças possuem um aspecto cultural, essa é uma forma de conhecer outras realidades.
Com tantos aspectos psicológicos envolvidos, é claro que a psicologia não poderia ficar de fora.
Nos últimos anos, o papel do psicólogo do esporte ganhou destaque pelo trabalho com os atletas da seleção brasileira de futebol e de vôlei, porém não necessariamente o trabalho se limita a atletas profissionais. O olhar do psicólogo do esporte tem buscado também as práticas esportivas informais, com objetivos diversos, como a busca pelo bem estar, a reabilitação psicológica, projetos sociais, inclusão, entre outros.
Ana Luiza Farias Ferreira, psicóloga (CRP 08/28617) e professora de dança.