O uso de máscaras é percebido a muito tempo na história da humanidade, nossos ancestrais as utilizavam como recurso permissivo para expressão de personalidades não usualmente encontradas nos limites civilizatórios da pólis, ou então para exprimir características apenas diferentes da personalidade do sujeito que as usava. Logo, além do teatro como o palco para essa confissão do diferente, do distante, do reprimido ou do desconhecido – do outro em nós, emergiram festividades ritualísticas que reverenciavam está exposição.
Originalmente, as máscaras de carnaval objetivavam uma expulsão simbólica do mal interior. Por meio da exibição do lado sombrio dentro dos limites do ritual, acreditava-se que o “demônio interno” ao ser reconhecido, legitimado e permitido uma vez por ano, se aquietasse com a catarse provocada pela vibração do batuque dos tambores, o som estridente dos instrumentos de sopro e os cantos que desnudavam a melodia de todo o pudor, de modo a festejar e compartilhar da promiscuidade desses seres profanos.
Observa-se então que tanto as mascaras quanto as fantasias libertam a folia de nosso ser, sem pudores, podemos nos relacionar com nossos lados que mais temos vergonha de expressar no cotidiano. Hoje em dia, talvez estes elementos não sejam mais tão necessários para anunciar a vibração libertadora dos nossos aspectos sombrios, o carnaval por si só já representa uma época do ano onde se é permitido sermos nós mesmos em nossa essência, simplesmente humanos.
A extroversão e a intensidade dos bloquinhos de rua nos permite a dissolução em figuras internas, como dançarinos, piadistas, bobos da corte, monstros, feiticeiras, vampiros, sereias, bruxas, crianças, idosos, homens e mulheres sedutores que talvez nem conhecêssemos dentro de nós. A viagem ao inferno demonstra-se renovadora, este tour turístico pode nos proporcionar o reconhecimento de nossos aspetos sombrios, que podem não necessariamente serem negativos.
Ainda, está libertação pode ser vivida retirando-se da pólis de maneira mais intimista e introspectiva, seja viajando para outros lugares, cultivando relações não rotineiras ou reverenciando a arte do descanso, do apenas “fazer nada”. Seja da forma que for, em nossa cultura parece ser o carnaval o retiro ritualístico necessário para o sentimento de inicio de um novo ano, de uma limpeza interna para adentrar a mais um novo ciclo de vida. Bom carnaval a todos, que possamos nos entregar a libertação necessária para viver 2020!
Autora: Janaína Liz Aquino – CRP 08/25878
Lidar com tanta liberdade de expressão não é tão simples, a liberdade também pode gerar sentimentos confusos e, nesse caminho se conhecer, saber se ouvir e respeitar aquela voz que diz que algo está estranho, é fundamental!
Atualmente, a psicologia do esporte é uma das áreas em crescimento no Brasil, reconhecida como área de atuação pelo Conselho Federal de Psicologia. O objetivo dessa disciplina é o estudo da interrelação entre os fatores psicológicos e o desempenho físico. Ou seja, se trata de uma via de mão dupla: a prática de atividades físicas afeta a nossa saúde mental e nosso desenvolvimento emocional e cognitivo, assim como os aspectos psicológicos afetam a prática esportiva.
O nosso interesse pelos sonhos já data de muitos milênios, há registros de civilizações que acreditavam que esta produção psíquica possuía um caráter premonitório, de forma que até os dias de hoje os sonhos são envoltos destas expectativas místicas. O fato é que a interpretação dos símbolos oníricos – que aparecem nos sonhos – intriga o ser humano a ponto de instigar especulações cientificas e também do senso comum social (KAST, 2010; SHAMDASANI, 2011).
Dizer que a morte faz parte da vida não é nenhuma novidade. Sempre ouvimos frases como; a morte é a única certeza que temos ou do pó viemos ao pó voltaremos e por ai vai.
Quem está enfrentando um período difícil como a descoberta do câncer de mama tem toda sua rotina alterada. Física e psicologicamente abalada é um período de muitas reflexões sobre a vida, família, relacionamentos, e é comum que quem está passando por esse período
Oi, meu nome é Patricia, eu tenho câncer de mama!
Chamada apelativa não é? Mas a causa é boa.
Quero compartilhar com vocês um pouco da minha experiência na descoberta do meu diagnostico e tratamento do câncer de mama.
O movimento setembro amarelo tem como objetivo mobilizar a população para um assunto muito importante que já é considerado como um problema de saúde pública, o suicídio. O objetivo da campanha é de se falar mais sobre o assunto, fazendo palestras nas escolas, empresas e, criar estratégias de prevenção ao suicídio.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está entre 28 países dos 116 analisados pela organização, que possui estratégia de prevenção ao suicídio.
A grande maioria dos casos de suicídios estão relacionados a um transtorno psiquiátrico, como: depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar, uso abusivo de álcool e drogas. Sendo a depressão o transtorno que merece uma atenção especial, pois, a pessoa que comete o suicídio, não está passando por momentos bons em sua vida, como dificuldades financeiras, conjugais ou familiares, e com isso ela começa a ter sentimentos de extrema tristeza, desamparo, desamor e não vê esperança em seu futuro.
Para ajudar a prevenir é preciso estar atentos a sinais que essa pessoa que você conhece e que pode ser alguém de sua família, colega de trabalho ou escola, está mostrando, como alguns comentários: “quero morrer”, “quero sumir e nunca mais voltar”, “cansei desta vida”, e estar atentos a alguns comportamentos como: a pessoa começa a se desfazer de coisas, deixa de fazer atividades das quais ela considerava prazerosa, encerra a agenda e, alguns comportamentos diferente do habitual, como usar roupas diferentes do que usa sempre, isolamento social.
Nestes casos, quando existir a suspeita de que esta pessoa está com pensamentos suicidas e comportamentos suspeitos, o mais importante é demonstrar empatia e acolhimento por essa pessoa, por isso a importância de perguntar o que ela está sentindo e, tentar apresentar a ela outras possibilidades de soluções para o problema.
E saber que existe o Centro de Valorização da Vida, que atende 24 horas/dia, ligando para o 188.
Psicóloga Monica de Souza Tocchetto
CRP 08/27704
Já ouviu essa cantiga popular?
Lembrou da sua infância?
Deu saudade de brincar?
Da mesma forma que você tinha suas brincadeiras preferidas quando era criança, com certeza seu filho, sobrinho ou neto também tem.
O momento da brincadeira é uma oportunidade de desenvolvimento para a criança. Através da brincadeira, a criança experimenta novas possibilidades, relações sociais, desenvolve autonomia e organiza emoções. Às vezes os responsáveis não tem conhecimento do valor da brincadeira para a criança. A ideia muitas vezes divulgada é a de que o brincar seja somente um entretenimento, como se não tivesse outras utilidades mais importantes.
Brincando, a criança compreende o mundo à sua volta, aprende regras, testa habilidades físicas, como correr, pular, aprende a ganhar e perder. Brincando a criança desenvolve também a aprendizagem da linguagem e a habilidade motora. Brincar é uma forma da criança se expressar, já que é uma circunstância favorável para manifestar seus sentimentos e desprazeres.
Brincar vai muito além de diversão. O brincar combate a obesidade, permite o autoconhecimento corporal, desenvolve o otimismo, cooperação, desenvolve atenção e autocontrole, promove criatividade, ensina regras e limites e estimula o desenvolvimento emocional da criança.
Mesmo com tantos benefícios a saúde dos pequenos, as crianças têm cada vez menos tempo para brincar, em prol de agendas cheias em atividades extracurriculares e deveres escolares.
O brincar fica em segundo plano e a preocupação dos pais recaí sobretudo em saber se os filhos estudaram ou não, sem perceberem que nenhuma criança desenvolverá todo o seu potencial se a brincadeira não fizer parte da sua vida.
Os benefícios do brincar são inúmeros e como tal é muito importante que os pais não se esqueçam de definir na agenda da criança um espaço diário para não fazer nada – é aí que surge o espaço para brincar.
Os pais têm um papel fundamental na preparação dos espaços, à seleção dos brinquedos e dos contextos a serem explorados, proporcionando à criança um ambiente de qualidade e enriquecedor da imaginação infantil, que estimule as interações sociais com outras crianças, familiares e amigos. Importa lembrar que enriquecedor não significa proporcionar brinquedos caros, mas meios que permitem a exploração de diferentes linguagens como a musical, corporal, gestual, escrita.
O adulto pode e deve participar na brincadeira, uma vez que o seu envolvimento não só estreita os laços afetivos com a criança como também aumenta o seu nível de interesse e motivação. Na interação, o adulto tem oportunidade de conter e ajudar a criança na elaboração das inquietações que surgirem durante a brincadeira, bem como enriquecer e estimular a imaginação da criança, despertando-lhe ideias e questionando-a para a descoberta de soluções.
Incentive a infância!! Incentive a brincadeira!
Psicóloga Andressa de Paula Barros
CRP 08/27421